quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O que procuramos nas pessoas?

     Bem, vindo pro Departamento (pois é, eu estudo quando todo mundo tira folga ¬¬') fiquei pensando na frase acima… O que exatamente nos motiva a querer a companhia de outras pessoas? Inicialmente, você pode dar a resposta que eu acho até um pouco ingênua: Procuramos semelhanças entre nós e as outras pessoas, queremos amigos para poder dialogar sobre as coisas, e pans… Mas pensa um pouco: Alguém parecido com você seria um pouco chato, não? Imagine se dialogando consigo mesmo, por exemplo. A menos que você seja uma pessoa não-clinicamente diagnosticada (como talvez eu seja :P) ou talvez um pouco mais inquisitora, você terá uma pessoa que concordará quase que completamente com a sua opinião, no máximo dando um ou outro pitaco, mas sem contribuir concretamente com algo… Isso me faz pensar que podemos relaxar isso, e então queremos pessoas ao nosso redor que pensem, tenham as suas próprias opiniões, e as saibam exprimir de forma lógica…

     Certo, então queremos pessoas não tão parecidas conosco, certo? Bem, isso esclarece quase nada, pois na verdade o que queria era talvez tentar exprimir razões, coisas que nos fazem querer a companhia de outros. Bem, vou tentar olhar pra mim mesmo então, pra ver se sai algo… O que eu procuro numa pessoa? Basicamente, eu acho que, embora não seja a maçã mais elétrica do cesto, quero alguém pra conversar, talvez sobre qualquer coisa, em qualquer lugar… Não precisa ser uma pessoa com conhecimento enciclopédico, pois me parece (e tomara que eu não esteja muito errado) que não se precisa ter lido Do Contrato Social, por exemplo, para se discutir a idéia de políticas sociais, e talz. O que eu acredito que se precise é de um cérebro, mas na forma de pensamento lógico e argumentação. Não quero pessoas que tenham idéias prontas, mas que antes de mais nada estejam dispostas a dialogar sobre elas. Poderia continuar aqui até amanhã, mas vamos prosseguir…

     Outra coisa que eu procuro é a não-tão-seriedade assim para com a vida. Tá, de acordo com o que eu acho, temos que levar as coisas a sério, mas o que quero dizer é que tem pessoas que levam as coisas a sério demais. Pessoas que se irritam fácil, não toleram falhas dos outros, parece que a cada dia elas estão ficando mais comuns, sei lá. Não estou dizendo pra todo mundo ser porra-louca e virar loucura total, mas não é o fim do mundo quando o bolo sola, sabia? Mais um ponto que eu não preciso me alongar, pois achei a frase certa: Pessoas zen, cool-minded… Ou na Vibe, dá no mesmo xD

     Bem, mas acho que escrevendo um pouco consigo ver melhor algumas coisas. Acho que o que procuramos nas pessoas deva ser aquele sentimento de familiaridade, aquele “quê” que te deixa bem perto da pessoa… Companheirismo é algo que emerge naturalmente dessa relação, quando correspondida. Acho que com isso, não precisa a pessoa concordar com você, nem precisa conversar com você, pois você se sente bem, se sente em paz (credo, que parágrafo mais auto-ajuda /o\) Pois bem, paremos por aqui, e esse papo continua outro dia… E você, o que procura nas pessoas?

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Aurélio (O Novo CD da Alanis é legal oh ^^)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dissertação :P

     Faz um tempo que estou enrolando, e depois de uma porrada de contratempos, olha a minha dissertação mó foda aew \o/

(Se não conseguir visualizar, clica aqui.)

O legal desse trabalho é que, além de render uns dois artigos, foi uma coisa que eu parei de escrever no meio do caminho (eu me disperso pra caralho x.x), e tive que terminá-la com a faca na garganta… Não contente com isso, eu demorei um pouco pra entregar a versão final, e no exato dia que tinha reunido toda a papelada, o Hd no notebook simplesmente deixou essa existência, acredita? Puta sorte foi que eu mandei uma cópia pr’um dos orientandos do meu orientador, pois ele estava estudando umas coisas da parte inicial desta. Eu tinha uma que tinha impresso pra corrigir, e daí foi simples redigitar tudo, e entregar. Agora, só falta o diploma, pra finalmente eu poder ser chamado de Msc Aurélio :P

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Aurélio (Jogando Megaman X4, pra desopilar um bocadinho ^^)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Espada de Dâmocles? Duas, por favor…

     Bem, para iniciar este post, gostaria de contar uma pequena anedota moral, creditada a Cícero, orador romano, que cita como sendo de um camarada chamado Timaeus de Tauromenium, e faz parte do folclore da Sícilia antiga. (Para mais detalhes, pode começar por aqui) Sem mais delongas, vamos lá:

     Era uma vez, nas terras de Siracusa, um cortesão chamado Dâmocles, da corte do rei Dionísio II, o tirano local. Todo dia Dâmocles derramava vários elogios para o seu senhor, dizendo o quão afortunado e cercado de coisas magníficas ele estava. Dionísio, cansado da tolice de seu cortesão, propôs a ele que trocassem de lugar por um dia, para que ele pudesse provar dessas bênçãos. No dia seguinte, Dâmocles foi tratado como o rei, com honrarias e toda a pompa possível. No fim do dia, foi servido um banquete em sua homenagem, e ao fim deste parcebeu, para o seu desespero, uma espada afiadíssima acima do trono, segura apenas por um mísero fio de cabelo. Horrorizado, fita Dionísio ao seu lado, que retruca:

     - Você está surpreso? Eu cheguei ao poder com o uso da violência, e fiz muitos inimigos. Cada dia a mais que governo esta cidade, minha vida passa por um perigo igual ao que a sua está passando agorea.

Percebendo o quão tolo foi, pediu para que eles desfizessem o acordo, pois não queria ser mais tão afortunado.

     Bem, interpretações à parte, a verdade é que parece que respondo bem sob pressão, embora esse semestre eu tenha abusado um bocadinho dela. Quase que a corda rompe e, sinceramente, eu não estou nem um pouco preparado, ou ainda não precebi a real gravidade do que pode acontecer se ela se romper… Tenho que tomar medidas mais enérgicas, para que eu consiga fazer as coisas de maneira mais eficiente… Este ano eu fiz um bocado de coisa, mas ainda não o suficiente. Tenho que correr atrás disso, e parar de ficar me lamentando pelos cantos, e escapando pelas frestas dos meus vícios. É engraçado como se deixar levar, escapar das coisas, é tremendamente mais fácil…

     Enfim, mimimi’s à parte, este ano foi um ano bom, embora um pouco conturbado, e estou retomando esta bagaça, pra ser o estopim da tão aguardada Revolução!

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Aurélio (Ouvindo OST de Tron Legacy, Puta merda \o/)

domingo, 24 de outubro de 2010

Procastinação e Ansiedade

(O mal da minha Vida)

     Bem, como havia dito anteriormente, resolvi mudar a abordagem pra ver se as coisas andam. O engraçado disso é que a inércia é tamanha que, se não me policiar, me pego enrolando, ou simplesmente fazendo o exato oposto de uma atividade mais “séria”. Mas uma coisa estou notando: rotina funciona. Tá, não uma rotina hiper rígida, onde não dá nem pra começar e nem a rotina caótica (¬¬) mas a adoção (progressiva) de alguns hábitos. O fato de ser pouca coisa faz com que a percepção de “tarefa” acabe sumindo, como se a atividade fosse natural. Tá, você pode dizer “Ah, mas isso é condicionamento, e funciona”. Sim, e a idéia é exatamente esta, “enganar” a si mesmo :P E exatamente por saber de tudo isso é que acabo burlando, e ficando ansioso, e já estou chegando a um ponto no qual faço mais nada, puta merda x.x

     Como eu disse, a coisa ainda está humilde: Alongamento e chá pela manhã, 2 horas de estudo, 1 hora de tradução, 1 hora de leitura avulsa, e uma enrolada nos afazeres domésticos. Vitória, Vitória! Tem que ser pequeno, e de pouquinho, senão o cérebro desconfia xD

     No mais, finalizo com esse aforismo, de autoria do Mahatma Ghandi:

“Nós temos que ser a mudança que queremos para o mundo.”

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Aurélio (Chá feito, lendo livro bonito de Mago =D)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rebooting – Second shot

     Bem, faz tempo desde a última vez, não? Tenho deixado toda a vida online pegar poeira, mas felizmente foi por um bom motivo: Finalmente as coisas estão andando! Basicamente, em mais um dia de infinita piema, preguiça, e procastinação, comecei a folhear o livro do Baltazar e, como se quisesse sacanear, retornou os aforismos 17 e 18; em ordem,

“Variar no modo de agir.”

“Esforço e talento.”

O primeiro é até óbvio, e o segundo, embora mais sutil, é tão importante quanto. Parei para pensar nisso, e percebi que estou a bastante tempo batendo nas mesmas teclas, querendo encaixar quadrados em círculos. Parecia um bom plano, mas o constante remendo, e a imposição, estão mais atrapalhando que ajudando. Por isso o reboot: Recomeçar, ir por outros caminhos, testar outras estratégias. E mais, ao fazer isso, procurar o equilíbrio entre o a caneta e a espada, ou entre o afago e o sermão. Espero que continuemos assim, e a medida que novos postos forem conquistados, os deixo em dia, caros 1d4-2 leitores.

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Aurélio (Tomando chá de hortelã megafoda, ouvindo Megadeth, e lendo a bula do chá, olha só ^^)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aforismos, Parte 02

     Semana atulhada, cheia de coisa pra fazer, mas ainda assim mal aproveitada… E pra piorar, ou a vida está sacaneando comigo, ou eu tenho um maldito azar com essa brincadeira dos aforismos (explico outro dia :P), mas o aforismo em particular me deixou totalmente reflexivo… Novamente, é do livro do Baltazar, e aqui está, o aforismo 238:

“Saber a peça que lhe falta.”

É engraçado como isso me acertou em cheio na sexta, e ficou ecoando na cabeça ao longo do fim de semana… Mas deixo isso pr’outro dia, quando organizar as idéias.

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Aurélio (Indo estudar geometria, pra ver se saio do marasmo ^^)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Aforismos, Parte 01

     Bem, pra variar, eu deixei o blog pegando poeira, mas não se preocupem, meus caros 1d6-4 leitores… Estou conseguindo me organizar, e no meio da monitoria, (pois é, diz que agora eu estou trabalhando com monitoria pro povo da Graduação. Vai entender xD) os 433.002 trecos que eu tenho que estudar, e tudo o mais, vou retomar as atividades neste espaço… Estou pensando em escrever mais sobre Física, e outras coisas, e enfim… Este quadro é mais uma espécie de “backup”, pois vou apenas jogar o aforismo, mais como se fosse o “mantra do dia”. Mas vamos parar de blábláblá e começar: O que eu pesquei hoje faz parte do Livro A Arte da Prudência, de Baltazar Grácian. É uma compilação (eu acho) de aforismos, que ele vai comentando. É um livrinho legal, pra ser lido sem preocupação. Sem mais delongas, vamos ao aforismo 8:

“Não ceder a paixões: A qualidade espiritual mais elevada.”

No mais, vamos ver se essa semana vai dar retorno, e larilari xD

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Aurélio (Ouvindo O tal novo álbum do Iron Maiden, e até que não é ruim :P)

sábado, 17 de julho de 2010

(Mimimi) Sobre o Mega hiato.

     Bem, caros meus 1d4-3 leitores, provavelmente vocês devem estar dando da minha falta, certo? Seria muito legal pensar assim, mas a verdade é que quase ninguém atualmente dá falta de mim… Mas bora deixar de mimimi e vamos ao que interessa: O motivo desse mega hiato foi simplesmente o fato deu ter me enrolado com os meus estudos, e tive que compensar isso com uma série desvairada de estudos, conseguindo a proeza épica de aprender o basicão de francês em um mês, (Je ne parle pas francais encore, mais je parlerai demain… ^^) e revisar um bocado de eletro. Bem, os exames foram semana retrasada, e agora, nessa semana – pra variar, eu não acessei a internet essa semana, pois estou em São Paulo, pra Escola de Geometria Diferencial – descobri que eu passei \o/ e cara, São Paulo é foda, puta merda *.* Isso, junto com alguns pensamentos que eu tive ao longo da viagem, me fez dar um estalo, e se der tudo certinho, vai consolidar toda a revolução que se iniciou a um certo tempo… Cara, tenho que fazer minha vida valer, fazer parte das coisas, ser mais ativo na minha vida… Mas esse blábláblá todo não vai fazer nada; o importante vai ser arregaçar as mangas, e começar a valer o arroz que como… Na parte que lhes tange, acho que vou começar a falar mais sobre as coisas, elaborar mais textos, mais pra organizar as idéias, e pescar as coisas na minha mente… Comprei mais um caderninho, e vou começar a usar esse espaço mais intensamente. (vixe ;p) So… Let’s go dude \o/

See ya at the next savepoint,

Aurélio

sábado, 15 de maio de 2010

O Incêndio de Alexandria (Na minha memória x.x)

     Pois é… Mais de uma semana de hiato, mas desta vez eu tenho a perfeita desculpa… Meu computador morreu, deixando metade da minha memória completamente apagada… Uma total merda, pq um dia antes eu apaguei o pendrive do backup, e no outro acontece essa catástrofe /o\ Mas isso já parece ser notícia velha… Vamos ao que interessa:

     Semana de reflexões, e escolhas um tanto dolorosas… Pra variar, decidi escolher pelo caminho atual, cortando um pedaço da carne, ao invés de apenas gordura. Uma decisão totalmente contrária a tudo que eu tinha pensado anteriormente, mas essa semana me fez simplesmente ver que cheguei ao meu limite; não vou precisar exatamente o interím dessas reflexões, me limitando apenas a dizer o que aconteceu…

     Bem, então de volta à prancheta, e trabalhar pra fazer as coisas irem pra frente! Deixar de reclamar das decisões, e fazer com que o que você decidiu dê certo… Para o infinito e além! \o/

     See ya at the Next Savepoint,

Aurélio.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre cortar a gordura

     Em primeiro lugar, olá ^^ Esses dias têm sido de reflexão, em parte desencadeadas pelo acidente do gato da minha irmã, a figura preguiçosa aí abaixo:

Imagem 532

(Pois é, o sofá é roxo mesmo. Culpa da minha irmã :P)

     Ele quebrou a perna ao cair da janela, e fraturou um dos membros posteriores. Mas não foi exatamente o acidente que me fez pensar, pois eu não sou tão apegado assim ao gato; O lance foi que eu acabei percebendo que poderia ter sido não com ele, mas comigo ou com a minha irmã, e notei que eu não tenho nenhum esquema preparado, nada que possa suportar qualquer intervenção, de espécie alguma. Antes que alguém diga “Ah, mas têm hospitais para humanos, e lari lari”, eu estou tentando falar da situação da maneira mais geral possível… O meu ponto é: Eu não tenho nenhuma espécie de suporte. Nenhum backup, nenhum fundo, nenhum striker, porra alguma. E isso é algo muito ruim; eu não posso me garantir com nada, não tenho apoio pra nada… Percebeu onde eu quero chegar? Pois é… Como a minha mãe diz, estou fudido sem eira, nem beira, e nem folha de parreira…

     Bem, aí é que vem a parada… Eu acho que precisei chegar a esse ponto pra finalmente querer colocar os esquemas em andamento… Parar de procastinar na minha vida, fazê-la se mover… Como disse no começo, cortar a gordura: Parar de morgar, fazer o que tem que ser feito, ser preciso e direto (pleonasmo?) Parar de perder tempo com situações, e coisas, desnecessárias, cumprir as coisas que foram definidas… Enfim, deixar de ser o guri de hoje, que constantemente abusa da sorte, e dá muita margem pro azar, pra ser um homem, que vai lá e cumpre o que foi feito. E é só.

     No mais, esse post acabou sendo mais rápido que o esperado, e prefiro não me alongar mais. Vou começar a atualizar isso com mais frequência, pois estou querendo expulsar todas as idéias que ficam martelando na minha mente e, afinal, este espaço serve pra isso ^^

     See ya at the Next Savepoint,

Aurélio (Ouvindo Rhapsody of Fire, banda foda =D )

domingo, 18 de abril de 2010

Uma gentil pincelada no Teorema dos Resíduos

     Bem, estes dias têm sido um pouco corridos, ter que estudar a sério as coisas, e com um limite meio apertado, não é algo que se deva fazer. Mas, tirando esses mimimis da jogada, hoje eu queria escrever sobre uma coisa que eu gosto demais, e em parte motivado por algumas discussões com um amigo meu essa semana (calcular propagadores inversamente é uma porcaria ;p), que é o cálculo (ou análise, fica mais bonito) em variáveis complexas. Os resultados são bonitos, todo o conjunto na realidade, é muito interessante de estudar, e a aplicabilidade é variada, indo desde mecânica dos fluidos, teoria de circuitos, e outras coisas mais. Não tenho intenção de perder o meu tempo (e nem o seu, caro leitor ^^) rasgando seda com o assunto, por isso vou direto ao que eu quero expor. Se você não tem o menor saco com a matemática, ou não está com vontade de ler um texto provavelmente longo, pare por aqui.

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Um dos resultados que eu gosto muito deste tópico é o chamado Teorema dos Resíduos, que basicamente enuncia que a integral

\[\oint_C f(z) dz\]

depende somente das singularidades da função $f(z)$ que estão encerradas dentro do contorno suave $C$; Se $z_i$ são essas singularidades, então temos que

\[\oint_C f(z) dz=2\pi i\sum_{j=0}^n\text{Res}(f(z),z_j).\]

onde $\text{Res}(f(z),z_j)$ é o resíduo da função $f(z)$ no ponto $z_j$. Basicamente, o resíduo é o que sobra (daí o nome) quando definimos a série de Laurent da função $f(z)$ em torno do ponto $z_j$, e estudamos a convergência dessa série com integrais. É um resultado muito poderoso, pois mostra que efetuar essa integral independe totalmente da forma do caminho, bastando apenas saber se há singularidades dentro da região ou não.

     Certo, mas e daí? Bem, uma aplicação legal desse teorema é o cálculo de integrais impróprias. Para exemplificar, podemos pegar a integral

\[I=\int_{-\infty}^{+\infty}\frac{1}{x^2+a^2}dx.\]

Essa é uma integral bem simples, tabelada, e tudo o mais. A primitiva da função no integrando é simples de calcular, dá (rabiscando um papel aqui) $\frac{1}{a}\text{arctg}(x/a)$. Aplicando os limites acima, vai dar um trabalhinho pra mostrar que eles dão $\pi/a$. Mas podemos usar o teorema dos resíduos pra calculá-la. A primeira coisa a fazer é considerar a versão complexa dessa integral:

\[I=\oint_C \frac{1}{z^2+a^2}dz,\]

onde podemos considerar o $C$ como decomposto abaixo:

Figura plano01

(Pois é, só um pretexto pra desenhar, e mal ;p) E então temos a integral

\[\oint_C \frac{1}{z^2+a^2}dz=\int_{C_1}\frac{1}{z^2+a^2}dz+ \int_{C_2}\frac{1}{z^2+a^2}dz.\]

A integral do lado esquerdo podemos calcular direto com o teorema dos resíduos: Como já devem ter notado, a função tem duas singularidades, que estão marcadas na figura. Como apenas uma delas está dentro do contorno $+ia$, e ele é a raiz da função, podemos calcular diretamente o resíduo da maneira

\[\text{Res}(f(z),+ia)=\lim_{z\rightarrow ia}(z-ia)\frac{1}{z^2+a^2}=\frac{1}{2ia}.\]

E vamos reservar esse resultado. A integral ao longo de $C_1$ é a integral que queremos calcular originalmente, se fizermos $R\rightarrow\infty$. Assim só nos resta calcular a integral em $C_2$. Mas, como estamos interessados no limite citado acima, podemos fazer uma estimativa da integral. Temos que

\[\left|\int_{C_2}\frac{1}{z^2+a^2}dz\right|\leq\int_{C_2}\left|\frac{1}{z^2+a^2}\right||dz|,\]

Bem, não entrando em detalhes demais, podemos parametrizar essa integral da forma $z=Re^{i\theta}$, e o lado direito torna-se a integral

\[\int_0^\pi\frac{R}{\sqrt{R^4+a^4+R^2a^2\cos 2\theta}}d\theta\approx\mathcal O(R^{-3})\]

Que, no limite $R\rightarrow\infty$, vai a zero. Então podemos dizer que a integral sobre $C_2$ vai pra zero, e temos que

\[\int_{-\infty}^{+\infty}\frac{1}{x^2+a^2}dx=2\pi i \text{Res}(f(z),ia)=\frac{\pi}{a}.\]

E Voilá! Obtemos exatamente o resultado que está tabelado.

     “Poxa, isso é complicado pra caramba, prefiro usar um programa pra calcular isso, mimimi…” Bem, com esse exemplo parece complicado mesmo… Mas você pode calcular uma míriade de integrais, muitas das quais os programas mais modernos dão umas funções muito das suas esquisitas. E isso ainda quando dá para usar um programa.

     Bem, aqui está. Eu poderia continuar dissertando horas e mais horas, mostrando como têm integrais realmente escrotas de se fazer, que são extremamente simples com esse método, mas acho que, se você chegou até aqui, seu interesse o levará a ler outras coisas. Basicamente, todo o livro de Cálculo em uma variável complexa que vale o papel impresso têm esse resultado, e de forma mais geral. E particular, eu cito os

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No mais, é só pela semana. See ya at the Next Savepoint o/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sobre o sumiço (parte 2, a missão xD)

     Bem, faz tempo pra cacete, não? Acho que a última vez que eu escrevi foi pra reclamar da vida (pra variar ;p), mas acho que encaixa bem com o objetivo deste pequeno espaço… E também para variar, eu estou totalmente sem tempo, embora na realidade o tempo esteja mal-organizado mesmo. Mas ao menos parece que está tudo indo bem, e com alguns sucessos: Agora, por exemplo, eu consigo fazer isso: \[\phi(x)=\frac{1}{(2\pi)^4}\int_{U}\phi(k)e^{-i k_\mu x^\mu} dV.\]

E sem muita frescura \o/ Quanto ao layout, eu achei que seria mais simples, ainda mais que mow deu a idéia do Adobe Dreamweaver, mas o acesso ao computador está me fazendo demorar um pouco… Para termos uma prévia, olha só o banner foda que a minha namorada bonita fez:

temaperfect

Faz um tempo que já tenho este, mas não coloco ainda porque tenho que mudar o layout todo, por isso o atraso ;~~ Ainda tem um bocado de coisa legal que eu estou fazendo, e outras coisas não tão legais assim que estou aprendendo, mas vou falando ao longo do retorno ^^

     Quanto ao resto das coisas, a máxima que estou tirando dessas coisas é que a minha vida é um exercício de paciência… Parando pra olhar, eu sei que não sou perfeito, tão pouco o quero, mas sabe quando você têm a impressão de que, por mais que você faça algo, nunca tá bom? Você se esforça, faz as coisas andarem nos trilhos na medida das suas possibilidades, e blábláblá, e ah, não quero falar sobre isso, pois já estou me deprimindo ainda mais ;/

     No mais, estou colocando umas músicas legais por aí, e vou tentar colocar um playerzinho do lado, e talz ^^ Por enquanto, aperta aqui e divirta-se =D

See ya at the Next Savepoint o/

Ps.: Caraca, justo hoje que tinha me inspirado, e escrito algo legal no fotolog… A vida curte uma piada não? ;/

Aurélio (Triste, só isso ;/)

sábado, 30 de janeiro de 2010

Por quê esperamos demais das pessoas?

(Nota: Isto é apenas uma reflexão estritamente pessoal; não há nenhum sentido escondido, código secreto, nada a dizer para ninguém em particular. Reflexão minha, nada mais…)

Ou, de outra maneira, por quê esperamos ser tratados da mesma maneira que tratamos as pessoas?

     Bem, em primeiro lugar, poderia reescrever essa indagação uma penca de vezes, mas o núcleo dela é o fato de esperarmos que as pessoas reajam como queremos, não como elas querem. Talvez a decepção esteja exatamente nisso: Não temos o controle total sobre alguém, e sempre vai faltar variáveis para a total predição de seus atos futuros. Mas isso não é exatamente o problema, não? Isso deve existir, simplesmente pelo fato de sermos humanos, e temos um cérebro que nos premia com “lampejos”, idéias, enfim, surpreendemos as pessoas ao nosso redor. Certo, então não é aqui o problema.

     Talvez o problema esteja em mim mesmo… Pensando bem, se você faz algo sem esperar algo em troca, por quê você fica chateado quando não acontece algo legal em troca? Tá, temos um sério problema lógico aqui, mas é facilmente resolvido removendo-se a cláusula “sem esperar nada em troca”. Sempre esperamos algo em troca, seja um item, um aceno de aprovação, ou algo mais subjetivo quanto um sorriso, e blábláblá…

     Ah, então parece que o problema foi detectado: Esperamos que as pessoas retribuam os nossos atos. E agora José? Provavelmente, uma solução seria tentar responder à altura: Esperar pela ação (sim, sempre por segundo) e depois responder no mesmo nível. Isso vai criar uma certa igualdade entre as ações, coisa mais simples de se controlar. Claro que isso o coloca numa situação passiva, pois você irá apenas reagir ao feito do outro lado.

     Mas para o leitor atento, salta uma outra solução, mais simples até: Let it go… Sim, isso mesmo, deixe de lado. Já que você fez isso sem esperar algo em troca, na pura gentileza, apague esses pensamento da sua mente, e procure fazer as coisas apenas para você mesmo, sem esperar o retorno distraído, porquê ele não virá, tenha certeza… Se você quer algo, tenha certeza de obtê-lo, deixando as coisas no “preto no branco”, e não nas entrelinhas… Clichê, não? Mais clichê é ficar putinho, ou tristinho pelos cantos, por ninguém ter percebido que você colocou a flor no meio da mesa, ou comprado algo bonito…

     Até porquê provavelmente você mesmo não deve reparar em algumas coisas também ^^

See ya at the next savepoint,

Aurélio (Meditando pra se livrar de seus problemas psíquicos, senão ele os consome =D)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Fim de ano, férias, e a revolução dentro da revolução

    Antes de mais nada, faz um tempo que o blog está entregue as baratas... a verdade é quase essa, embora a minha atividade online no fim do ano tenha se resumido a... Ah, Twitter, Orkut, e vendo os feeds das coisas legais... Mas eu tenho bons motivos pra ter ficado offline... Eu poderia gastar um post descrevendo o quão mágica foram as férias, e ainda teria pouco a dizer (Mow, foi mágico, puta merda *.*), mas prefiro falar que vou tirar as traças do blog, tentar escrever coisas mais regularmente, e coisas de interesse próprio, e talz... Mas, como dito anteriormente, vou procurar expor as coisas a medida que forem completadas, e se der certo, tem coisa pra caralho aí...
    Ah, tem uma coisa legal: Fiz o tal do formspring, que basicamente é um mural de perguntas... Qualquer coisa, olha lá, e pode atazanar ^^
 

    No mais, see ya at the next savepoint o/
    Aurélio
Ps.: Ah, quase me esqueci da parte final do título... Pois é, eu acho que tenho que me organizar, e pra isso, acho que vou ter que parar de fazer algumas online... É, finalmente, fazer as coisas que eu disse ._.